O breve encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, chegou ao conhecimento da maioria da população (57%), de acordo com a nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. Além disso, maior parte (49%) também avaliou que Lula saiu politicamente fortalecido da aproximação com o americano.
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 desse mês, antes, portanto, do telefonema entre os dois presidentes da última segunda-feira. A Quaest fez 2.004 entrevistas presenciais. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais.
Lula e Trump tiveram um encontro — segundo o americano, de 39 segundos — nos bastidores da Assembleia Geral da ONU. O presidente brasileiro havia acabado de falar e daria lugar ao chefe do Executivo dos EUA. Durante a sua fala, Trump surpreendeu ao relatar que os dois “se abraçaram” e tiveram uma boa conversa.
— Tivemos uma química excelente. É um bom sinal — afirmou.

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Do encontro, ficou acertado que os dois conversariam, o que aconteceu nesta segunda-feira por um telefonema. A ligação durou cerca de 30 minutos e tratou de assuntos econômicos, incluindo as tarifas aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros. Há agora a expectativa para uma reunião presencial entre os dois.
De acordo com a pesquisa, realizada antes da ligação desta segunda-feira, 51% da população brasileira acreditam que Lula e Trump se darão bem após uma possível reunião, e 36% entendem que não. Já 13% não sabem ou não responderam.
Além disso, 46% acham que Lula deveria se esforçar para se reunir com Trump, enquanto 44% afirmam que o brasileiro deve “ser cuidados e esperar mais”. Por fim, 65% dizem que o presidente do Brasil tem que ser amigável (em agosto, eram 58%) e 25% dizem que ele precisa adotar uma postura dura (antes eram 33%).
A pesquisa Genial/Quaest também mostra que a avaliação geral do governo melhorou nos últimos meses a ponto de as taxas de aprovação e reprovação estarem tecnicamente empatadas. Em maio, essa distância era de 17 pontos percentuais e, agora, é de apenas um.
O resultado, o melhor desde janeiro, reflete os ganhos políticos de Lula depois da crise do tarifaço, quando ele reforçou o discurso de soberania nacional, e também da queda dos preços de alimentos. Com isso, 48% da população aprova a gestão e 49% desaprova, segundo o levantamento. Em maio, a Genial/Quaest apontou que essas taxas estavam em 40% e 57%, respectivamente.
Ainda segundo a pesquisa, o desempenho foi puxado pelo eleitorado formado por mulheres e adultos entre 35 e 59 anos. Nesses dois grupos, a aprovação passou a reprovação — no primeiro caso com 52% a 45%; e no segundo com 51% a 46%.