Após casos de internações e mortes em quatro estados do país com suspeita de ingestão por bebidas alcóolicas adulteradas com metanol, a Polícia Federal (PF), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), realiza nesta sexta-feira (3/10) uma operação de fiscalização em indústrias de bebidas em três estados.
A ação ocorre no interior de São Paulo, na região de Campinas, em Santa Catarina, nas cidades de Chapecó e Joinville, e em Minas Gerais, no município de Poços de Caldas.
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Durante as visitas, equipes recolheram amostras dos produtos fabricados e armazenados. O material será analisado em laboratórios especializados para verificar se há substâncias proibidas, ingredientes em quantidades acima do permitido ou falhas na produção.
Além da qualidade dos insumos, os fiscais também avaliaram a rastreabilidade dos lotes e a responsabilidade das empresas sobre a fabricação.
O que aconteceu
Tem ocorrido uma série de internações e mortes no Brasil por consumo de bebidas adulteradas contaminadas com metanol, uma substância altamente tóxica. Já foram notificados casos em São Paulo e Pernambuco, Brasília e mais recentemente, na Bahia, onde pessoas apresentaram sintomas como náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental e turvação visual.
Há confirmação de algumas mortes, ao menos cinco em São Paulo, e vários casos ainda em investigação. No caso do rapper Hungria, ele está internado no Hospital DF Star sob suspeita de intoxicação por bebida adulterada, possivelmente vodca com adição de metanol.
Ele deu entrada com sintomas típicos desse tipo de intoxicação: cefaleia, náuseas, vômitos, visão turva e acidose metabólica. Segundo informações apuradas pelo Correio, a bebida teria sido comprada em uma distribuidora em Vicente Pires.

