Alckmin diz que redução de tarifas por Trump foi positiva, mas ‘distorção’ ainda precisa ser corrigida

por Assessoria de Imprensa


O vice-presidente Geraldo Alckmin disse neste neste sábado que a redução de tarifas anunciadas por Donald Trump foi “positiva” e que o governo brasileiro vai continuar trabalhando por novos cortes. Ontem, os Estados Unidos reduziram a taxa para quase 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% a diversos produtos brasileiros.

— A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do Mauro Vieira com Marco Rubi — disse ele, no Palácio do Planalto. — Nós tínhamos com tarifa zero 23% das exportações brasileiras, US$ 40 bilhões. Com essa decisão, aumentou para 26% a exportação brasileira sem alíquota.

O presidente americano eliminou as chamadas tarifas recíprocas para carne bovina, tomate, café, banana, açaí e outros produtos agrícolas. A medida visa diminuir os custos para o consumidor americano, em uma tentativa da Casa Branca de reagir à derrota nas eleições locais do início deste mês.

No caso do Brasil, as tarifas recíprocas determinadas em abril estão em 10%; em julho foi anunciada uma sobretaxa de 40%. O alívio, nesse caso, será limitado aos 10% de taxas recíprocas.

O Brasil, principal fornecedor de café dos EUA, ficou sujeito a uma tarifa recíproca de 10% — mas, em julho, anunciou uma tarifa “punitiva” de 40%, que entrou em vigor em agosto, deixando os produtos brasileiros sobretaxados em 50%. Dessa forma, o café brasileiro segue com tarifa de 40%.

— Vamos continuar trabalhado para reduzir mais, realmente café não tem sentido 40%, mas são avanços sucessivos. Nós temos tido avanços consecutivos e tem uma avenida para o trabalho.

Alckmin ressaltou que o suco de laranja ficou com as tarifas zeradas, mas que ainda há “distorção”.

— Ha uma distorção que precisa ser corrigida. Todo mundo teve 10% a menos. No casos de Brasil, ficou com 40%, que é muito alta. Você teve um setor muito atendido que foi o suco de laranja. Era 10% e zerou. O café também reduziu 10%, mas tem concorrente que reduziu 20. Empenho tem que ser feito agora para melhorar competitividade

Os produtos agrícolas do Brasil que constam do decreto ainda enfrentarão a tarifa adicional de 40%, de acordo com um funcionário da Casa Branca que falou sob condição de anonimato.

Documento divulgado no site da Casa Branca explica que a mudança foi motivada pelo “progresso significativo” feito pelo presidente em acordos bilaterais. Esses acordos, afirma o texto, “tiveram e continuarão a ter amplos impactos na produção nacional e na economia como um todo, incluindo acesso aprimorado a mercados para nossos exportadores agrícolas.”

O presidente americano afirmou, neste sábado, por sua vez, que novas reduções tarifárias podem não ser necessárias. A declaração foi realizada após o republicano eliminar as tarifas recíprocas sobre o Brasil, de 10%.

— Não acho que será necessário (novas reduções em tarifas). Nós só tivemos um pequeno recuo quando alguns alimentos, como o café, por exemplo, que estava com os preços um pouco altos. Agora, eles vão ficar mais baixos em um período muito curto — afirmou o republicano quando questionado por um repórter se novas reduções de tarifas estariam sendo estudadas.

Questionado sobre essa declaração, Alckmin disse que o Brasil está aberto ao diálogo e quer resolver:

— Os Estados Unidos têm superávit na balança comercial com o Brasil. O Brasil não é problema, é solução. Estamos otimistas, foi dado um passo importante e acho que outros passos serão dados.



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