O advogado Matheus de Abreu Chagas — alvo de ações que o acusam de fraude na autodeclaração racial por se inscrever como pardo apesar do fenótipo considerado branco por entidades — ficou fora da lista sêxtupla formada hoje pela OAB de Sergipe.
Concorrendo dentro da cota racial masculina, Chagas terminou em segundo lugar, com 1.177 votos, mas apenas o mais votado nessa categoria avançou.
A eleição define seis nomes que serão enviados ao Tribunal de Justiça de Sergipe, que depois fará nova seleção para escolha de um futuro desembargador.
A última atualização judicial do caso foi o recurso apresentado pelo Instituto Braços, após a Justiça Federal negar o pedido que buscava suspender tanto a candidatura do advogado quanto a própria eleição da OAB-SE, diante do questionamento sobre sua autodeclaração racial e a idoneidade da banca de heteroidentificação.
Chagas nega qualquer irregularidade. Diz que se autodeclara pardo desde 2008 e que sua candidatura foi mantida após o indeferimento do pedido de impugnação à OAB.

