Adoção de gatos aumenta no Brasil e 30 milhões de felinos tem um lar

por Assessoria de Imprensa


Ter um animal de estimação é um desejo comum entre os brasileiros, que têm ficado adeptos aos felinos cada vez mais. Dados do Instituto Pet Brasil (IPB) mostram que o número de gatos domésticos cresceu 5,4% entre 2022 e 2024, passando de 29,2 milhões para mais de 30 milhões de gatos vivendo em residências.

Apesar desse crescimento, a situação de abandono ainda é preocupante. Estima-se que 10 milhões de gatos vivem em situação de rua, mas apenas 7,4 mil são acolhidos em ONGs ou locais mantidos pelo poder público, segundo o Índice de Abandono Animal. Essa realidade não se restringe ao Brasil. A pesquisa analisou 20 países e revelou que aproximadamente 362 milhões de cães e gatos vivem sem um lar. Entre eles, cerca de 35% estão em ruas ou abrigos, à espera de adoção, incluindo 143 milhões de cães e 203 milhões de gatos nas ruas, e 12 milhões de cães e 4 milhões de gatos em abrigos.

O estudo também mostrou que, em diversos países, um em cada cinco tutores que cogitam desistir do pet mencionam mudanças de residência como motivo, e quase metade das pessoas que já adotou anteriormente fizeram isso por causa de animais em situações semelhantes. Globalmente, cerca de 15% dos donos de pets consideram abandonar seus animais nos próximos 12 meses. Entre os principais motivos estão problemas de saúde ou limitações físicas para cuidar do animal, dificuldades relacionadas à moradia e falta de tempo, além de outros fatores como comportamento do pet, alergias na família e custos financeiros.

Outro desafio crítico é a perda de animais. Quase metade das pessoas relatou ter perdido um pet, e 60% desses nunca foram encontrados. Além disso, apenas cerca de 50% dos cães e 60% dos gatos possuem cadastro ou identificação. Sem registro e controle, a reprodução desordenada pode gerar ninhadas não planejadas, agravando ainda mais a população de pets em situação de rua.

Para verificar a situação de animais na rua no Distrito Federal, o Correio procurou a Secretaria de Proteção Animal do DF. Embora o órgão não confirme os dados, ressaltou como atua na situação por meio de três modalidades de castração gratuita de cães e gatos: campanha, com datas previamente divulgadas e inscrições presenciais ou online; voltada para protetores e organizações não governamentais, com mais de dez animais, mediante solicitação online; e Agenda-DF, com marcações feitas diretamente no site do GDF.

“Todas essas ações têm como objetivo o controle populacional, a promoção da saúde pública e a guarda responsável”, informa a SEPAN. “Além disso, em parceria com a Organização da Sociedade Civil, a Secretaria já levou castrações a regiões como Gama, Sol Nascente, Taguatinga e Ceilândia.”

No Hospital Veterinário Público (HVEP) de Taguatinga, já foram realizados mais de 30 mil atendimentos gratuitos em um ano de atuação. Com a unidade móvel, a secretaria percorre regiões como Gama, Estrutural, Água Quente e, atualmente, Santa Maria, oferecendo cuidados básicos a cães e gatos acompanhados por tutores.

Segundo o órgão, o fortalecimento da rede de protetores também é prioridade. No dia  1º de outubro, foi lançado o Formulário de Protetores de Animais, em parceria com o IPEDF, para mapear voluntários e entidades, principais demandas e dificuldades enfrentadas pelos protetores, com o objetivo de subsidiar políticas públicas mais direcionadas e efetivas, e conceder benefícios.

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