Apesar de a declaração ter gerado atenção, ainda não está no radar qualquer mudança de procedimento das Forças Armadas, seja em operações de inteligência ou no monitoramento das fronteiras com o país vizinho.
Membros da cúpula militar relataram que qualquer situação de crise gera maior atenção na região, mas pontuaram que já existem ações constantes na fronteira com a Venezuela que seguem ativas. Além dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) — unidades militares responsáveis por atuar na divisa com a Venezuela, especialmente em Roraima — segue em andamento a Operação Catrimani, uma ação conjunta das Forças Armadas e de órgãos de segurança pública para combater o garimpo ilegal e crimes ambientais na terra indígena Yanomami.
Em entrevista coletiva na Casa Branca, na quinta-feira (23), Trump afirmou que as drogas que chegam pelo mar aos Estados Unidos representam hoje cerca de 5% do que eram há um ano, e que o próximo movimento dos grupos criminosos será tentar transportar essas drogas por vias terrestres. Ataques no Caribe e no Pacífico já provocaram, pelo menos, 37 mortes.
O anúncio de Trump foi feito um dia após os EUA bombardearem uma embarcação no Oceano Pacífico que, segundo o governo americano, transportava drogas. Esse foi o nono ataque do tipo ocorrido na América do Sul.

