Não passou despercebida uma inconsistência na última prestação de contas do processo de falência do Banco Santos: o “sumiço” de nada menos que R$ 12,6 bilhões de ativos.
Um dos documentos apresentados pelo administrador judicial em outubro zerou esse valor, relativo aos ativos nominais da carteira de créditos. Foram mantidos apenas os ativos estrangeiros e as obras de arte, avaliados em cerca de R$ 30 milhões e R$ 15 milhões, respectivamente.
A discrepância contrasta com o relatório mensal enviado por Vânio Aguiar ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em setembro, quando constava a quantia bilionária.
Beleza. Mas tudo não passou de um erro… Ufa!
Procurado, Aguiar afirmou que o documento em questão tem seus números advindos de outros anexos e que, por alguma razão, a fórmula usada não considerou o valor desaparecido.
Alertado pela coluna, o administrador judicial protocolou uma petição para que seja feita a substituição no anexo.
Em setembro, o corregedor Nacional de Justiça Mauro Campbell solicitou ao presidente do TJSP, Fernando Garcia, informações detalhadas sobre essa ação. Além de dados da ação, como a vara, o nome do juiz e o valor da causa, também foram requisitados dados acerca da nomeação do administrador judicial e de sua remuneração.
Aguiar já recebeu cerca de R$ 30 milhões em honorários pelos serviços prestados na falência do Santos.

