Tribunal libera esquiadores da Rússia e Belarus – 02/12/2025 – Esporte

por Assessoria de Imprensa


O TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) anulou nesta terça-feira (2) a exclusão total dos esquiadores russos e belarussos das competições internacionais, abrindo a porta para sua participação sob bandeira neutra nos Jogos de Inverno de 2026, na Itália. A competição ocorre de 6 a 22 de fevereiro.

Rússia e Belarus estão envolvidos na Guerra da Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022, o que levou a uma onda de afastamento de atletas dos dois países de competições internacionais.

Se “cumprirem os critérios” estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional para obter o status neutro, os atletas de ambos os países “deveriam ser autorizados a participar nos eventos de classificação” da Federação Internacional de Esqui (FIS, na sigla em francês), explica a jurisdição em um comunicado.

Com a decisão, o tribunal supremo do esporte desautorizou a FIS, que, em 21 de outubro, havia mantido a exclusão total dos esquiadores russos e belarussos, alinhando-se com a posição intransigente de outras federações, como a do biatlo e do luge –modalidade em que atletas deitam de costas em um trenó pequeno.

Quando parecia que a presença russa e belarussa nos Jogos de Milão-Cortina se limitaria aos patinadores, o TAS abriu uma primeira brecha no final de outubro ao anular a exclusão total dos pilotos de trenós.

No entanto, a decisão desta terça-feira tem maior importância, uma vez que a FIS organiza um conjunto de disciplinas (snowboard e esqui alpino, de fundo e acrobático) que representam mais da metade dos pódios nos Jogos Olímpicos de Inverno.

Onde há mais impacto é no biatlo, já que tradicionalmente a Rússia é uma potência dominante nesta modalidade, na qual ganhou quase um terço das medalhas nos Jogos de Pequim em 2022.

O ministro dos Esportes russo, Mikhail Degtyarev, reagiu destacando que “é a terceira resolução judicial a favor da Rússia nos esportes olímpicos de inverno”, referindo-se a uma primeira, em junho de 2022, do Tribunal de Apelação da Federação Internacional de Bobsleigh e Skeleton, antes das duas do TAS.

Hino e bandeira nos Paralímpicos

O TAS lembrou “que os estatutos da FIS protegem os indivíduos contra a discriminação e exigem que a FIS seja politicamente neutra” e avaliou que a exclusão dos esquiadores dos dois países se deu “devido à sua nacionalidade, independentemente do fato” de cumprirem ou não “com os critérios de elegibilidade dos atletas individuais neutros”.

Como já fez nos Jogos de Paris 2024, o COI (Comitê Olímpico Internacional) havia aberto a possibilidade de uma participação russa e belarussa sob bandeira neutra, desde que os esportistas envolvidos não estivessem sob contrato com o exército e não tivessem apoiado ativamente a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

O TAS também decidiu que os esportistas russos poderão participar nos Jogos Paralímpicos “nas mesmas condições que os demais paratletas”, ou seja, com hino e bandeira, já que o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) votou no final de setembro sua plena reintegração.



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