Não tem jeito, a Princesinha do Mar, Copacabana, também desponta como a princesinha dos pratos-feitos cariocas. O bairro da Zona Sul concentra, sozinho, 7 dos 50 melhores restaurantes para comer um PF no Rio. A seleção foi feita pelo GLOBO, a partir da votação de 46 personalidades, entre chefs de cozinha, influencers, jornalistas e empreendedores. O ranking está disponível em uma ferramenta online com todas as informações de cada bar.
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A região concentra, por exemplo, outra unidade do Bar da Frente, que ocupa o primeiro lugar do pódio, o Baixela, na segunda colocação, o clássico árabe Amir, que funciona há mais de 25 anos no bairro, o Cervantes, outro tradicionalíssimo do Rio, o boteco Combinado Carioca, o italiano La Trattoria, e o Liba, também árabe, no precinho.
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A Zona Sul saiu na frente com quase metade dos restaurantes recomendados por quem votou. Foram indicados 23 estabelecimentos de Copacabana, Leblon, Ipanema, Gávea, Botafogo, Flamengo e Glória. Já a Zona Norte tem 12 dos melhores restaurantes, com oito espalhados pela região da Grande Tijuca. Outros dois estão em Madureira, o bairro do samba, um na Maré, e um em Bonsucesso.
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Há quem prefira os botequins mais “raiz” para bater um pratão de comida. É o caso do chef Raphael Vidal, dono do Capiau botequim, no Beco das Sardinhas, também no top 10 do GLOBO. Ele faz questão de ir atrás dos lugares mais autênticos possíveis. Na votação, ele citou o Bar da Jura, aos pés do Morro da Providência. O que o atrai? Ele conta:
— A familiaridade. Quando encontro num prato de comida o sabor do meu passado, da minha história de vida, isso me traz a sustância da alma — diz Raphael, que acrescenta: — Acho que não importa a origem, o carioca — nascido ou não no Rio — sempre vai trazer o que nos é típico: o jeitinho. O PF aqui vira prato de domingo de samba, de quiosque de praia, de engravatado e engraxate no mesmo balcão… Está aí nossa originalidade na gastronomia.
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O prato-feito surgiu no Brasil entre o final do século 19 e início do século 20, em um contexto de urbanização. A origem é associada às casas de pasto e pensões populares que ofereciam refeições quentes, rápidas, fartas e baratas para trabalhadores que tinham pouco tempo disponível para almoçar.
— Com a industrialização, entre as décadas de 1930 e 1950, esse modelo se consolidou, principalmente nas grandes cidades. Cresceu o número de operários, e junto, a demanda por alimentação rápida e acessível fora de casa — comenta Breno Cruz, professor do curso de Gastronomia da UFRJ.
O GLOBO convidou 46 personalidades, entre chefs de cozinha, jornalistas, artistas e influenciadores, que revelaram cinco de seus lugares preferidos para comer um bom PF na cidade. O resultado foi uma lista saborosa com os 50 melhores restaurantes de Norte a Sul do Rio, para aplacar a fome em uma experiência autenticamente carioca.

