Entidade LGBT aciona STJD contra Inter e Abel Braga por fala homofóbica

por Assessoria de Imprensa


O Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ denunciou o Internacional e o técnico Abel Braga à Procuradoria do STJD por uma fala homofóbica do treinador durante sua apresentação no clube gaúcho.

Em coletiva ontem, ao comentar sobre o ambiente no vestiário e o uniforme de treino da equipe, Abel disparou:

— Eu não quero a porra do meu time treinando de camisa rosa, parece time de viado”.

Após a repercussão negativa, o técnico se desculpou por meio de suas redes sociais e afirmou que “cores não definem gêneros”.

Para a entidade LGBT, a retratação não exime a conduta de Abel, devido à sua “capacidade de influenciar comportamentos, reforçar estigmas e naturalizar práticas discriminatórias dentro do ambiente esportivo”.

A representação junto ao STJD também mira Ramón Díaz, ex-treinador do Colorado, por uma declaração misógina em sua coletiva após empate contra o Bahia, pela 33ª rodada. Na ocasião, ele afirmou que o “futebol é para homens, não é para meninas”. Díaz também se retratou depois de ser criticado.

O Grupo Arco-Íris, por meio dos advogados Carlos Nicodemos e Maria Fernanda Cunha, aponta que a sucessão de dois episódios discriminatórios protagonizados por treinadores do Inter evidencia um “padrão preocupante” e configura “clara violação das normas desportivas”, em especial do artigo 243-G, do CBJD.

O dispositivo prevê suspensão de até dez partidas e multa que pode chegar a R$ 100 mil. O texto também estipula punições ao clube se a infração foi pratica por considerável número de pessoas vinculadas à instituição ou por atos de seus torcedores.

A entidade denunciante, presidida por Cláudio Nascimento, se baseia num precedente do próprio STJD, que puniu o atacante Dudu por misoginia contra Leila Pereira.

O pedido é para que a Procuradoria do STJD ofereça denúncia contra o Inter e os técnicos Abel Braga e Ramónz Díaz pelas manifestações. Também se pleiteia a aplicação de medidas de reparação baseadas em ações afirmativas, como participação em seminários e cursos, planos de prevenção e campanhas públicas de conscientização.



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