
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou em vigor um novo conjunto de regras para orientar a fabricação e a regularização de repelentes contra carrapatos no Brasil. O Guia 82/2025, já disponível para uso pelas empresas, detalha os requisitos técnicos e metodológicos necessários para comprovar a eficácia desses produtos antes que cheguem ao mercado.
A Anvisa implementou novas diretrizes para a fabricação e regularização de repelentes contra carrapatos no Brasil através do Guia 82/2025. O documento estabelece requisitos técnicos e metodológicos para comprovar a eficácia dos produtos antes da comercialização, alinhando-se a padrões internacionais.A iniciativa visa combater doenças transmitidas por carrapatos, como a febre maculosa, que tem causado surtos e mortes no país. A Anvisa abriu consulta pública por 180 dias para aperfeiçoar o guia, permitindo contribuições de especialistas, consumidores e setor produtivo através de formulário eletrônico.
Embora vigente, o material ainda será aperfeiçoado. A Agência abriu um período de 180 dias para receber contribuições da sociedade, que podem ser enviadas por formulário eletrônico disponível na página do próprio guia. A promessa é ajustar o texto com base em críticas, sugestões e evidências apresentadas por especialistas, consumidores e pelo setor produtivo.
A iniciativa responde a uma preocupação crescente das autoridades sanitárias. Carrapatos seguem entre os principais vetores de doenças no país e a febre maculosa, em especial, tem provocado surtos e mortes em diferentes regiões. Para a Anvisa, estabelecer diretrizes claras sobre como testar e registrar repelentes é uma forma de reforçar a prevenção e ampliar o acesso a produtos que realmente funcionem.
O documento harmoniza normas brasileiras e incorpora práticas adotadas por agências internacionais, entre elas a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) e a ECHA (Agência Europeia de Produtos Químicos). A ideia é aproximar o Brasil de padrões globais e dar segurança às empresas sobre o que deve ser seguido nos estudos de eficácia.
Segundo a Agência, o guia representa um avanço estratégico na proteção da população contra doenças transmitidas por carrapatos e pode estimular a chegada de novos produtos ao mercado, hoje ainda limitado. A expectativa é que, com regras mais claras, a inovação ganhe fôlego e o consumidor tenha acesso a repelentes de fato capazes de reduzir riscos.
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