Corregedoria da PM faz operação para prender cinco policiais suspeitos de crimes durante megaoperação que deixou 122 mortos

por Assessoria de Imprensa


A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou, na manhã desta sexta-feira, uma operação para cumprir mandados de prisão contra cinco agentes do Batalhão de Choque suspeitos de cometer crimes durante a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão no último dia 28 de outubro — ação que terminou com 122 mortos, entre eles cinco policiais e 117 suspeitos, segundo o governo do estado. A ofensiva interna ocorre exatamente um mês após a operação de segurança mais letal já registrada no Rio. Até o início da manhã, não havia informações sobre prisões efetuadas.

Além dos mandados de prisão, os corregedores cumprem outros dez mandados de busca e apreensão. Os policiais do Choque são alvos da investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM)

Corpos retirados de mata após megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo/29-10-2025
Corpos retirados de mata após megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha — Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo/29-10-2025

Uma das suspeitas levantadas pela Corregedoria, com base na análise das imagens das câmeras operacionais portáteis, é o furto de um fuzil durante a ação — arma que, segundo a apuração, seria revendida a criminosos. As imagens serviram de base para indicar indícios de crimes militares cometidos durante o serviço. Corregedoria cumpre 5 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão.

Em nota, a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a operação desta sexta é decorrente dessas análises e reforçou que a corporação “não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.

A megaoperação de 28 de outubro mobilizou efetivos das polícias Civil e Militar e gerou questionamentos de entidades de direitos humanos e de moradores devido ao elevado número de mortos. Agora, as apurações internas buscam esclarecer eventuais excessos e ilícitos cometidos por agentes que participaram da ação.



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