Apesar do cancelamento da vinda do vice-presidente Geraldo Alckmin ao Encontro Nacional de Prefeitos, nesta quinta-feira (27), no Hotel Fairmont, em Copacabana, a presença de gestores superou as expectativas: eram esperados cerca de 100 prefeitos, mas mais de 240 confirmaram participação. Muitos vêm direto de Belém, o que levou o evento a ser apelidado de “COP dos Prefeitos”.
Durante o café da manhã, será redigida uma carta aberta com propostas e cobranças ao Congresso, ao presidente Lula e a governadores. O documento reunirá demandas sobre o pacto federativo.
“Faremos ponderações em forma de cobranças justas, em resposta ao tratamento federativo incoerente “, diz Luís Cláudio Souza Leão, presidente do Instituto Coalizão Rio, que organiza o encontro ao lado da UBAM.
O principal tema, porém, é a revisão da divisão do “bolo tributário”. Hoje, a União fica com 58,14% dos recursos; os estados com 25,27%; e os municípios, responsáveis pela maior parte dos serviços públicos, recebem apenas 16,59% — percentual considerado pela UBAM um “absurdo federativo”.
O evento também debate a internacionalização dos municípios, com foco no Panamá, visando ampliar investimentos, fortalecer cadeias produtivas e impulsionar o turismo.
“Internacionalizar um município é abrir portas para negócios, turismo, tecnologia e parcerias globais”, afirma Michelle Fernandes, diretora internacional do Coalizão.
