Batalhão da Papuda onde está ex-ministro de Bolsonaro já tem 2 condenados do 8 de Janeiro

por Assessoria de Imprensa


Conhecido como Papudinha, o batalhão da Polícia Militar em que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres cumprirá a pena dentro do complexo penitenciário da Papuda já tem em suas celas outros dois réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres foi condenado a 24 anos de prisão em setembro deste ano pela Primeira Turma do STF.

Além dele, também estão presos no batalhão os policiais militares aposentados Claudio Augusto Felippe e João Batista Gama, ambos da PM de São Paulo. Claudio foi preso no Palácio do Planalto e João Batista, no Supremo, no dia em que milhares de manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.

A expectativa de integrantes do governo do Distrito Federal era a de que Bolsonaro também fosse enviado para a Papudinha, mas o ex-presidente vai cumprir a pena na superintendência da Polícia Federal no DF, por decisão de Moraes.

Assim como Bolsonaro e Torres, Claudio e João Batista foram condenados pelo Supremo por cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, associação criminosa, deterioração de patrimônio público e dano qualificado.

Mas pegaram penas menores do que os 24 anos de Torres e os 27 anos e três meses de Bolsonaro. Claudio Augusto foi condenado a 16 anos de prisão e João Batista, a 17 anos.

Apesar de geograficamente localizado na área da Papuda, a Papudinha não é de responsabilidade da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, e sim da própria Polícia Militar.

Em meio à expectativa quanto à prisão de Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente chegaram a inspecionar na última segunda-feira (18) as instalações do complexo penitenciário da Papuda e voltaram preocupados com a falta de atendimento médico por 24 horas no complexo, inclusive na Papudinha.

Segundo o relatório, se o preso precisar de um atendimento médico emergencial, cabe a um policial penal avaliar a gravidade da situação e decidir se é o caso de acionar o Samu ou de encaminhá-lo a uma unidade hospitalar fora do complexo penitenciário.

O protocolo que costuma ser enviado nesses casos é enviar o preso para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em São Sebastião, que funciona 24 horas e fica a uma distância de cinco minutos de carro.

Mas, por decisão de Moraes, Bolsonaro foi mantido na superintendência da PF em Brasília, afastando o “risco Papuda”, o que foi recebido com alívio por autoridades do governo do Distrito Federal.

Procurada pelo blog, a Polícia Militar de São Paulo não respondeu aos questionamentos sobre a situação dos militares condenados.

Já a Polícia Militar de Brasília, responsável pela Papudinha, não se manifestou.



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