Morre Gary Mounfield, o Mani, baixista dos Stones Roses e do Primal Scream

por Assessoria de Imprensa


Baixista dos Stone Roses e, posteriormente, do Primal Scream (duas das maiores bandas do rock britânico dos anos 1980 e 90), o inglês Greg “Mani” Mounfield faleceu esta quinta-feira aos 63 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Seu irmão, Greg Mounfield, anunciou a notícia no Facebook: “É com o coração partido que anuncio o falecimento do meu irmão”. Seu sobrinho também compartilhou a notícia.

A morte do músico comoveu o mundo do rock. Vocalista do Oasis (banda de Manchester, mesma cidade dos Stone Roses, que faz shows em São Paulo, no MorumBIS, no sábado e domingo), Liam Gallagher escreveu no X: “Em choque e absolutamente devastado ao saber da notícia sobre Mani, meu herói”.

O cantor Ian Brown, companheiro do baixista nos Stone Roses, publicou no X: “Descanse em paz, Mani”. Já a lendária gravadora inglesa Rough Trade descreveu o músico como “o exemplo perfeito de como um baixista pode ser o coração pulsante de uma banda”.

Mani havia anunciado recentemente uma extensa turnê de palestras pelo Reino Unido, de setembro de 2026 a junho de 2027, na qual prometeu relembrar momentos cruciais de sua carreira, como o show do Stone Roses em Spike Island em 1990 e a turnê de retorno da banda em 2012. Em 2023, sua esposa, Imelda, havia falecido de câncer. Ele deixa dois filhos gêmeos, Gene Clark e George Christopher, de 12 anos.

Mani nasceu em 16 de novembro de 1962 em Crumpsall, distrito da grande Manchester. Ele era amigo de adolescência de Ian Brown, com quem teve algumas bandas até formarem os Stone Roses, cujo primeiro show oficial foi em outubro de 1984. O músico disse mais tarde que estar nos Roses provavelmente salvou sua vida, pois ele teria visto vários amigos – 17 deles, segundo ele contou à revista “i-D” – morrerem de overdose de heroína.

“Stone Roses”, o álbum de estreia do grupo, de 1989, se tornou um dos pilares do movimento Madchester, juntando a música indie com a cultura rave, da música eletrônica dançante. Os grooves armados por Mani e o baterista Alan “Reni” Wren em canções como “Fools Gold” ganharam as paradas de sucesso e as pistas de dança. Em 1991, a então crítica da NME Mary Anne Hobbs chamou “Stone Roses” de “o álbum crossover mais influente da última década”.

Em 2009, para marcar o relançamento do álbum em comemoração ao seu 20º aniversário, Mani disse: “Um álbum clássico que ainda é relevante para os jovens de hoje merece o reconhecimento que merece. Vinte anos depois, ele continua atual e se destaca em meio a uma torrente de mediocridade, música voltada para a carreira, sem graça, segura e sem imaginação, que ousa desafiar nossa coroa.”

Em 1990, os Stone Roses fizeram um show desastroso em Spike Island, para 27 mil pessoas. Levaram quatro anos para produzir um segundo álbum, “Second coming”, que foi em grande parte esnobado pela crítica. “Qualquer coisa que não fosse um clássico absoluto, com uma sonoridade que parecesse ter sido transmitida de outro planeta, seria um anticlímax estridente”, escreveu John Harris na NME.

O grupo se dissolveu em 1996. Mani então se juntou ao Primal Scream como baixista, impulsionando um renascimento criativo da banda (que se apresentou com ele no Brasil, em 2004, no Tim Festival, em em 2011, tocando o disco “Screamadelica”). Em 2006, ele comparou a vida nas duas bandas em uma entrevista para a revista Uncut: “O Primal Scream é mais democrático, enquanto que com o Stone Roses a gente ficava mais de olho para ver se o Ian e o John (Squire, guitarrista) estavam satisfeitos.”

Mani permaneceu no Primal Scream até a reunião dos Stone Roses, que aconteceu de 2011 a 2017. Além de turnês e apresentações em festivais, eles lançaram duas novas músicas, “All for one” e “Beautiful thing”. O músico também foi membro do supergrupo de baixistas Freebass, ao lado de Andy Rourke (ex-The Smiths, falecido em 2023) e Peter Hook, ex-New Order.



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