A venda da gestão da Arena do Grêmio, ligada ao Grupo Metha (antiga OAS), está sendo questionada na Justiça em meio à disputa sobre a recuperação judicial da companhia, que soma R$ 6 bilhões em dívidas.
Credores alegam que a alienação da arena ao empresário Marcelo Marques, que chegou a ser pré-candidato à presidência do clube, ocorreu de forma irregular. Isso porque o ativo havia sido avaliado a “zero”, mas vendido por R$ 50 milhões logo após a aprovação do plano de recuperação judicial.
Tal valor, no entanto, não será destinado ao pagamento dos credores, que apontam um padrão de suposta ocultação patrimonial e indução ao erro. Antes, eles já haviam denunciado que teriam sido escondidos cerca de R$ 500 milhões em ativos.
A operação envolvendo a Arena do Grêmio é vista como uma possível fraude contra credores e eleva as críticas à condução da recuperação judicial. Segundo o plano da RJ, os credores receberão quantias com deságio superior a 98%, a serem pagas entre 20 e 30 anos.
O caso tramita no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), mas pode voltar à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, juízo originalmente responsável por processos envolvendo a antiga OAS e empresas do mesmo grupo econômico.
É um pedido feito por credores, que defendem ainda que seja rejeitada a homologação do palno de RJ.
O julgamento está previsto para o dia 25.
