padaria em MS faz sucesso após início no quintal de casa

por Assessoria de Imprensa


Há 6 anos Jefferson Matheus Nolasco, de 30 anos, saiu dos fundos da casa da mãe para ter a própria padaria com um croissant digno da França: clássico e sem recheio. O cozinheiro e a esposa Fabrícia Nolasco, também com 30 anos, começaram no quintal, chegaram a vender pães de fermentação natural nos ônibus da cidade e, depois de anos, enfim acharam um cantinho com a cara deles.

Jefferson Matheus Nolasco e sua esposa Fabrícia transformaram um pequeno negócio caseiro em uma padaria sofisticada no Jardim dos Estados, em Campo Grande. O casal, que começou vendendo pães nos ônibus da cidade, hoje é especialista em croissants artesanais e fermentação natural. O estabelecimento, instalado em uma casa antiga dos anos 1980, oferece ambiente acolhedor com área externa e interna. O cardápio inclui croissants clássicos e recheados, sanduíches especiais e pães artesanais, com preços entre R$ 11 e R$ 37. Todos os produtos são preparados pelo casal, mantendo alto padrão de qualidade e técnicas tradicionais francesas.

O espaço é uma casa antiga de 1980, no bairro Jardim dos Estados. O objetivo é oferecer refeições chamadas de “comfort food”, ou comidas que trazem conforto. Por ali quem chega pode se sentar tanto fora quanto na parte de dentro.

Quem prefere ficar no primeiro ambiente pode experienciar tomar café em um espaço que lembra um jardim, com mesas de madeira simples, guarda-sol e iluminação natural cercado por verde; já quem prefere a parte de dentro vai encontrar cadeira com encostos mais confortáveis e luz direta mais baixa.

Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Croissant são carro-chefe da padaria que vende desde os clássicos aos com recheio (Foto: Marcos Maluf e Arquivo pessoal)

Falando na comida, o carro-chefe da padoca são os croissants. Depois do sucesso de vendas, os donos apelidaram carinhosamente o doce de Croi. Eles são vendidos na versão clássica, que é sem recheio, com nutella e amêndoas. Também tem na versão salgada: frango com catupiry, presunto e queijo, caprese e com pastrami. Tudo é feito pelo casal, exceto laticínios.

Quanto aos recheios, Jeff conta que, mesmo que seja simples, o processo faz a diferença na hora do resultado final. “A gente pega algumas inspirações e mistura tudo, vendo o que está na moda, mas com a nossa vibe. Todos são clássicos, mas têm toda uma técnica por trás. O de frango a gente sela um a um, deixa marinar por 12 horas, depois faz uma técnica espanhola de alho, cebola, refoga e cozinha. Não é um frango comum que só se joga na panela”.

Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Padaria fica em casa antiga no Jd. dos Estados datada de 1980 (Foto: Marcos Maluf)

O preço vai de R$ 11 a R$ 26, dependendo do recheio. O cardápio traz, além dos queridinhos franceses, sanduíches com salame colonial e queijo meia cura R$ 22; pão de brioche folhado e tostado na manteiga com mostarda dijon, bechamel, presunto, mussarela gratinada e ovo com gema mole R$ 30, e um dos mais famosos na casa, o sandupork. Ele é feito com filé mignon suíno defumado, chutney de abacaxi e mussarela e vendido por R$ 22.

Para quem gosta mais de peixe, tem uma opção por R$ 37, feita com salmão defumado, coalhada seca, rúcula, agrião e capuchinha. No clima da França ainda têm os famosos entremet, aqueles que imitam frutas e ficaram em alta em 2024.

Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Jeff e Fabrícia passaram por muita coisa para ter padoca em bairro caro (Foto: Arquivo pessoal)

Jeff relembra o passado difícil e ainda não acredita que finalmente conseguiram um espaço físico em um dos bairros mais caros da cidade. Ele conta que o casal é especialista em fermentação natural e longa e que buscam dar uma pitada do Brasil em uma receita que é tradicionalmente francesa. Entretanto, algumas coisas são mantidas como são de fato.

“Sou cozinheiro, morei no Rio Grande do Sul junto com a minha esposa e quando a gente voltou para cá a gente queria trabalhar com a cozinha quente, mas não deu certo. Começamos a fazer pão em casa, no quintal da minha mãe. A coisa foi acontecendo e em 2021 a gente abriu a primeira loja na cidade, era delivery. Depois fomos para uma casa que ainda não era nossa cara e mudamos há 3 meses para cá. Aqui tem uma pegada casa mesmo, tentamos oferecer algo mais ‘comfort food’.”

Busca pelo Croi perfeito

A batalha para chegar até o Jardim dos Estados foi grande. Para iniciar no ramo ele fez uma reserva de R$500, na época ele trabalhava em restaurantes de hotéis. Começou a fazer pão de hambúrguer para os amigos, que gostaram tanto e insistiram para ele continuar. Dali vieram as pizzas, os pães italianos e os croissants.

Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Casal fazia pães no quintal da mãe de Jeff e vendia nos ônibus (Foto: Arquivo pessoal)

“O Croi sempre foi um produto desafiador, tem muitas variáveis e nuances, qualquer erro é fatal. No começo a Fabrícia produzia sozinha, eu ficava com os pães e o atendimento. Isso ainda em casa. Quando viemos para o delivery descobrimos uma gravidez e eu assumi a produção.” No início tudo era feito à mão. Jeff recorda o perrengue em ter que buscar uma bacia no Paraguai para fazer isso. O objeto tinha que ser grande e resistente para deixar as massas. A venda era feita nos ônibus da Capital.

Depois veio a máquina laminadora, que ajudou no processo dos doces franceses, mas a coisa ainda não estava agradando o casal. “Por mais que chegasse cedo, me dedicasse, eles deixavam muita gente decepcionada por conseguir entregar eles apenas às 11h. Hoje finalmente conseguimos.”

Ele conta que se sente feliz em ver as pessoas gostarem do trabalho e da comida. Ali tem cliente fiel que bate ponto 3 vezes na semana. Nesse tempo Jeff já conseguiu decorar as preferências e como eles gostam de ser servidos.

Confira a galeria de imagens:

“A gente tem essa relação de proximidade porque eles nos trouxeram até aqui. Essa casa é o reflexo disso. Ver a proporção que o negócio tomou a gente não imaginava. Achei que iríamos ficar no fundo de casa fazendo pão. Nada foi planejado, as coisas foram acontecendo. Fazia as coisas tudo como dava e conseguimos. Essa casa nós tivemos que mexer, estava 5 anos fechada, mas é antiga, tem 45 anos.”

Além dos Croi e sanduíches, ele também oferece alguns cafés e, claro, os pães de longa fermentação. Os queridinhos do cozinheiro são o pão italiano, por ser versátil, podendo ser recheado, fatiado e comido como brusqueta, e os croissants.

“Aqui ele é o clássico, sem recheio. No Brasil estamos acostumados a comer com recheio.” Na lista estão pão de abóbora, que é feito em dias específicos, o multigrãos, o de brioche e as cucas. A receita ele trouxe do Rio Grande do Sul.

Jeff saiu do quintal para ter padaria com croissant realmente francês
Croissants Clássicos e com recheio, ao lado de fatias húngaras (Foto: Marcos Maluf)

Às quintas saem sonhos, às sextas é a vez da massa de pizza e focaccia. “Usamos produtos de boa qualidade. Geralmente as pessoas não conseguem manter o padrão. Aqui somos pirados nisso, o foco é isso e o preço condiz com isso. Não usamos margarina ou óleo vegetal, não tem corante ou conservante.”

Hoje além de todo cardápio listado, eles ainda servem almoço a a partir de R$40, com média de 500g por prato.

A padaria fica na Rua José de Oliveira, 31, no bairro Jardim dos Estados. O funcionamento é de terça a sexta das 9h às 18h e aos sábados das 8h às 11h.



Source link

Related Posts

Deixe um Comentário