Veja este caso que ganhou grande atenção do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), órgão de referência do Ministério da Saúde para doenças cardiovasculares, no que diz respeito ao uso indiscriminado de anabolizantes e às severas consequências dessas substâncias para a saúde.
Rafael Alves de Souza, de 36 anos, não tinha qualquer tipo de problema cardíaco. Ele fez uso de anabolizantes durante três meses antes de experimentar os primeiros sintomas: fadiga, falta de ar e edema nos membros inferiores. Foi internado no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, em junho de 2025, e posteriormente transferido para o INC para tratamento especializado.
A equipe do instituto constatou que Rafael sofria de insuficiência cardíaca grave, com mau funcionamento do músculo cardíaco, além de dilatação e disfunção ventricular bilateral. Além disso, os rins e o fígado do paciente também estavam prejudicados. A única alternativa foi o transplante, que foi realizado também no INC. Três meses depois do procedimento, ele se recupera e alerta que a busca pelo visual atlético pode acabar em tragédia.
“O anabolizante mata. Ele te dá a felicidade da aparência por fora, mas, por dentro, faz um estrago, principalmente no coração, como foi meu caso”, conta Rafael Souza. “Fui da felicidade da aparência à tristeza por perder a saúde boa que eu sempre tive. Então fica a dica: dê preferência para a boa saúde em vez da felicidade momentânea da aparência.”
Casos como o de Rafael resultaram em um alerta a ser divulgado pelo INC sobre os graves riscos à saúde de quem usa anabolizantes. O mau uso pode levar à hipertensão arterial e facilitar a formação de coágulos, também chamados trombos, que podem causar infarto ou acidente vascular cerebral, potencialmente fatais. Além disso, leva ao aumento do nível de colesterol, o que favorece o acúmulo de placas de gordura nas artérias — a chamada aterosclerose — que também é fator de risco para infarto e AVC.
