A influenciadora Isabel Veloso comemorou, em publicação no Instagram, a alta do hospital após realizar um transplante de medula óssea no fim de outubro para tratar um linfoma de Hodgkin . A jovem de 19 anos enfrenta o câncer desde que foi diagnosticada aos 15.
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“Ganhei alta 🙌🏻❤️ obrigada a todos pelos cuidados, amor dedicação e carinho!! Obrigada Jesus!!!”, escreveu a influenciadora junto a fotos em que exibe um certificado de “pega de medula”. Mas afinal, o que é esse certificado? E como é feito o transplante?
Transplante de medula óssea
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que fica no interior dos ossos. É lá onde são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
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Como o linfoma é um câncer no sangue que afeta os linfócitos, células de defesa que são um tipo de leucócito, o objetivo do transplante é substituir a medula óssea doente por uma saudável. Para isso, são aspiradas amostras da medula dos ossos posteriores da bacia de um doador compatível, em um procedimento cirúrgico feito com anestesia.
Já o paciente oncológico passa por um tratamento que destrói a sua própria medula para que ele receba a nova saudável em uma espécie de transfusão de sangue. Ao cair na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e se alojam dentro dos ossos, onde se desenvolvem e passam a produzir leucócitos saudáveis.
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O que é o certificado de ‘pega de medula’?
O documento de “pega de medula” que aparece na foto simboliza que o corpo de Isabel recebeu bem a nova medula óssea, e que ela começou a produzir as células do sangue por conta própria após o transplante, de acordo com informações da Associação Brasileira de Câncer do Sangue (Abrale).
Esse termo quer dizer que a nova medula está funcional e independente, levando o paciente a atingir os níveis de leucócitos necessários sem necessidade de transfusões das células.
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O tempo para que isso aconteça varia de pessoa para pessoa e depende de diferentes fatores, mas, em geral, é preciso ficar sob observação durante os 100 primeiros dias após o procedimento para observar se a recuperação vai ocorrer conforme o esperado.
O mais comum, porém, é que a “pega da medula” leve de 10 a 20 dias do transplante para acontecer, segundo a Abrale.

