O COB (Comitê Olímpico do Brasil) lançou nesta quarta-feira (12) o curso “Combate à Manipulação de Resultados – Juntos em defesa do jogo responsável”, programa obrigatório para todos os atletas, técnicos, dirigentes, médicos e demais profissionais que integrarem a delegação brasileira em grandes competições, como Jogos Olímpicos e Pan-Americanos.
Disponível gratuitamente e de forma online no site do COB, o curso aborda o que é a manipulação de resultados, seus riscos e consequências, e ensina como se proteger de abordagens indevidas, como o aliciamento por apostadores.
O projeto foi divulgado durante o 2º Fórum do Esporte Seguro, organizado pela entidade no Rio de Janeiro. O evento reuniu autoridades, dirigentes, atletas e especialistas para discutir medidas de prevenção à manipulação de resultados.
Durante um dos painéis, o representante do setor de Compliance do Comitê Olímpico do Chile, Cristián Mir Díaz, destacou que modalidades individuais são, em alguns casos, mais vulneráveis.
“É mais fácil manipular uma pessoa do que 11, por isso alguns esportes são mais sensíveis à manipulação. Muitas vezes eles não têm o mesmo financiamento do futebol”, afirmou.
O gerente-executivo de Educação e Fomento do COB, Sebastian Pereira, disse que a principal estratégia do comitê é a conscientização dos atletas.
“A principal estratégia para combater essa ameaça global é a informação e a conscientização”, afirmou.
O secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, afirmou que o tema precisa ser tratado como política pública.
“Estamos construindo a Política Nacional de Combate à Manipulação de Resultados. É preciso punir quem comete esse crime e conscientizar os atletas. Quando um esportista embarca na manipulação, põe a carreira em risco”, disse.
Repórter viajou a convite do COB

