O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (12/11), uma nova versão do mapa-múndi “invertido”, agora com o estado do Pará no centro. A iniciativa celebra a 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que está sendo realizada em Belém.
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O mapa, publicado nas redes sociais do órgão, propõe “uma nova forma de enxergar o planeta” e destaca o papel do Brasil, e especialmente da Amazônia, no debate climático global. “Colocar Belém no centro do mundo é um gesto simbólico, que reflete o compromisso com uma transição ecológica justa e sustentável”, afirmou o IBGE na legenda da publicação.
A ideia de um mapa invertido não é inédita. Em maio, uma versão semelhante divulgada pelo instituto gerou uma onda de memes e críticas nas redes sociais. Na época, a representação, que colocava o Brasil “no topo e ao centro do mundo”, foi classificada por sindicatos de servidores como “uma encenação simbólica” sem respaldo técnico nas convenções cartográficas internacionais.
Diante das reações, o IBGE defendeu que o mapa tinha caráter educativo e provocativo, destinado a questionar a forma tradicional de representar o planeta, historicamente centrada na Europa.
Agora, com o foco voltado para a COP30, o instituto tenta ressignificar o projeto. O novo mapa ganhou uma conotação ambiental e política: colocar o Pará no centro seria uma metáfora para o protagonismo da Amazônia na agenda climática.

