Câmara gasta R$ 30 mil com bolsonarista em voo de executiva a Londres para seminário

por Assessoria de Imprensa


A Câmara desembolsou R$ 29,7 mil só em passagens para o deputado bolsonarista Hélio Lopes – o “Negão”, como é conhecido entre aliados – viajar de executiva a Londres para um seminário sobre guerra cultural.

Ele foi um dos parlamentares brasileiros, todos conservadores, convidados a participar de um fórum na capital inglesa organizado pela Brazil Alliance UK, movimento de direita.

Os deputados Bia Kicis (PL-DF) e General Girão (PL-RN) também compareceram. Ao contrário de Hélio, Girão foi de classe econômica, custando R$ 8,3 mil à Câmara – um terço do valor gasto com o colega. As passagens de Bia Kicis ainda não constam no portal da Casa.

Beleza. Mas se por um lado os gastos com voo foram diferentes, o mesmo não se pode dizer dos relatórios sobre a missão oficial. Lopes apresentou um documento exatamente igual ao de Girão, manteve até os erros de português (“houveram possibilidades”, etc.).

Segundo a descrição, os deputados e outras autoridades brasileiras discursaram sobre “o cenário político internacional, as relações internacionais e a conjuntura do mercado internacional e seus reflexos no mercado brasileiro, bem como sobre a guerra cultural”.

Após o lançamento do fórum, em 24 de outubro, houve um jantar em um restaurante italiano de Londres. No dia seguinte, mais palestras e debates sobre temas como conflitos culturais dentro das Forças Armadas, no racismo e dentro das favelas, segundo o relatório.

No dia 26, ainda houve tempo para um tour pelo Parlamento britânico, ciceroneado pelo brasileiro Ivan Kleber.

A Câmara ainda pagou três diárias e meia à dupla, no valor unitário de R$ 2,3 mil.

Procurada, a assessoria de Hélio Lopes disse que o deputado “conduz seu mandato com rigoroso compromisso com a economicidade, como demonstram, mês a mês, os relatórios de gastos públicos disponíveis no portal da Câmara dos Deputados”. Sobre a viagem a Londres, afirmou que ele “utilizou passagem em classe executiva, em conformidade com o Ato da Mesa nº 43, que regulamenta a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar e autoriza a emissão de passagens nacionais e internacionais para o desempenho de atividades legislativas, desde que observados os limites previstos e sem qualquer ônus adicional ao erário”. E acrescentou que “todo o procedimento seguiu integralmente as normas legais e os critérios de transparência exigidos”.



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