Carne seca com banana-da-terra, estrogonofe de carne e frango com pequi estão no cardápio da salgadeira

Estar no trabalho às 4h30 da manhã poderia ser terrível para Eliane Queiroz se não fosse para fazer o que ela mais ama depois da família: empadas. A história com as pequenas, que hoje têm sabores como frango com pequi, carne seca com banana-da-terra e até estrogonofe de carne, começou com um desafio de fazer uma amiga gostar do salgado.
Eliane Queiroz, de 49 anos, transformou sua paixão por empadas em um próspero negócio na Rua Paraíba, em Campo Grande. Tudo começou em 1990, quando aceitou o desafio de fazer uma amiga gostar do salgado. Hoje, ela chega ao trabalho às 4h30 da manhã para preparar suas criações. Com um cardápio diversificado, oferece sabores tradicionais e inovadores, como frango com pequi, carne seca com banana-da-terra e strogonoff. As empadas, que custam entre R$ 12 e R$ 18, são preparadas com farinha primum e manteiga de qualidade. O estabelecimento funciona de segunda a sábado e também serve outros quitutes, como pizza pantaneira.
Aos 49 anos, ela vive a melhor fase do trabalho no cantinho que abriu recentemente na Rua Paraíba. O lugar mistura o gosto dela por plantas, bolos que aprendeu desde a adolescência e, claro, o carro-chefe: a empada. Eliane abre as portas da cozinha para mostrar parte do processo de confecção e contar um pouco de como tudo aconteceu.
Além dos sabores citados, a salgadeira investiu também no diferente, como empada de bacalhau, palmito com alho-poró, estrogonofe de carne, brócolis com bacon e calabresa com bacon. Na lista só faltou o camarão, mas não por falta de tentativa, e sim por alergia ao crustáceo. Apesar de ter criado mais recheios, ela não abandona os tradicionais, como frango com catupiry.

Tudo começou em 1990, assistindo ao programa da Ana Maria Braga na televisão, quando a apresentadora ainda estava na Record. Na época, Eliane estava grávida da segunda filha.
“Era um desafio de uma amiga porque ela não gostava de empada e a gente estava buscando a empada perfeita. Eu fui para o desafio comigo mesma. Eu já fazia salgados, bolos, mas não empada. Aí fiz e levei para uma amiga; ela se apaixonou.” Desde então, Eliane não parou mais, mas só em 2007, ela considera ter conseguido a técnica perfeita da empada.
O gosto pela cozinha sempre existiu, mas ela explica que a incentivadora de tudo foi a tia, com quem morou parte da vida. Eliane nasceu em Rochedo, mas se mudou para a Capital ainda jovem. Depois que se casou, partiu para Campinas, onde começou a profissão.

“Eu sempre fui dona de ir para a cozinha desde criança. Quando não podia mexer no forno, fazia bolo de terra. Fui morar com minha tia e ela é apaixonada por cozinha. Ela faz coisas maravilhosas e tinha esse prazer. Ela amava ver as pessoas felizes quando dava comida e eu fui pegando amor no que ela fazia. Fui criando um amor tão grande que eu falo que fabricar um alimento, a pessoa degustar aquilo que você está oferecendo, é dar amor para ela.”
Antes de voltar à Capital, a salgadeira passou por Rondonópolis, no Mato Grosso. Lá conseguiu clientes fiéis e dava aulas de como fazer uma empada perfeita. Anos atrás, na pandemia, Eliane já teve um espaço para chamar de seu, mas o negócio não resistiu à covid-19. Antes de ter o ponto fixo, ela chegou a vender salgados em hospitais e salões de beleza.
“Eu fiz o meu primeiro bolo aos 18 anos, o de 1 ano da minha primeira filha. Todo mundo amava, e eu ficava muito tempo no apartamento. Fiquei grávida, ficava vendo TV e desenvolvia as empadas. Tinha que parecer o da Ana Maria Braga.”
Ela explica que cada salgado tem sua massa e que, na empada, usa farinha primum e manteiga também. Quando há fermentação, é um insumo fresco. “Na empada tem que ter paciência e amor. Se você colocar isso, dá certo.”
Além dos salgados e empadas, ela também faz pizza pantaneira, com carne de sol e banana-da-terra. O sabor é fruto de uma paixão que aconteceu anos atrás. O pedaço é vendido a R$ 20. Já as esfihas, trouxinhas, cachorros-quentes gourmet e empadas têm diversos sabores. Os preços variam de R$ 12 a R$ 18, no caso da empada de bacalhau.
Segundo ela, as empadas mais pedidas são a de frango, pantaneira, carne de sol com catupiry e brócolis com bacon. “A cozinha é meu legado. Quero ensinar as pessoas a fazerem. Acho um gesto de amor ao próximo.”
A loja da Eliane fica na Rua Paraíba, 362, no bairro Jardim dos Estados. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 14h.
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