A decepção de quem foi ao autódromo de Interlagos neste domingo (9) não foi só com a rápida participação do brasileiro Gabriel Bortoleto, que deixou a prova após sofrer um acidente na primeira volta.
Torcedores de outros estados que foram até o autódromo na zona sul paulistana acompanhar o GP de São Paulo relataram longas filas para conseguir acessar o evento.
A estudante baiana Laura Luna, 20, veio a São Paulo só para assistir à Fórmula 1, e disse ter ficado bastante incomodada por ter enfrentado uma fila estimada em uma hora e meia para acessar o espaço da corrida.
“Chegamos cedo para conseguir pegar um bom lugar e, no fim, demorou um tempão para entrarmos”, disse ela.
A queixa foi a mesma da docente uruguaia Mariana Mayo, 43, pela primeira vez na cidade. “Não imaginava que fosse um espetáculo tão grande, mas nada justifica o tempo que fiquei na fila para entrar.”
Ariel Aro, 50, comerciante argentino, também não se conformou com a desorganização na entrada. “Cheguei às 8h30 e só entrei às 10h. Não esperava isso em um evento como esse”, afirmou ele, que veio para torcer para seu conterrâneo Franco Alejandro Colapinto —o piloto atraiu uma série de turistas para a cidade e terminou em 15º a corrida deste domingo, vencida por Lando Norris.
Além da fila nos portões, os torcedores também enfrentaram longas filas para usar o banheiro e nos quiosques de comida.
O público também reclamou do preço dos produtos. Um cachorro-quente custava R$ 35; um espetinho de carne, R$ 29, mesmo preço do pote de milho. Logo após o fim da prova, a espera por um sanduíche, que custava R$ 44, era de cerca de 20 minutos.
A Folha tentou contato com a organização da F1, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

