Ele estava internado havia pouco mais de um mês e morreu em decorrência de fibrose pulmonar
Campo Grande se despediu, nesta quarta-feira (5), de Mamede Antônio Verão, de 64 anos, dono do tradicional Summer Beer, o ‘Bar do Mamede’, localizado na Avenida Primeiro de Maio. A morte foi anunciada nas redes sociais do bar, que se tornou ponto de encontro da boemia campo-grandense.
Campo Grande se despede de Mamede Antônio Verão, aos 64 anos, proprietário do tradicional Summer Beer, conhecido como ‘Bar do Mamede’. O estabelecimento, localizado na Avenida Primeiro de Maio, tornou-se um importante ponto de encontro da boemia local. Mamede faleceu após um mês de internação devido a fibrose pulmonar.O estabelecimento iniciou como uma oficina mecânica nos anos 1980, transformando-se gradualmente em bar. Com o apoio da esposa Rosana, o negócio cresceu organicamente, sem investimentos em publicidade, expandindo-se para três terrenos. O velório e sepultamento acontecem no Cemitério Memorial Park Monte das Oliveiras.
De acordo com o sobrinho, Helton Verão, Mamede estava internado havia pouco mais de um mês e morreu em decorrência de fibrose pulmonar. “Os médicos acreditam que todo o convívio que ele teve por muitos anos com funilaria e mecânica acabou comprometendo o pulmão”, explica. Antes do bar, o local era uma oficina mecânica tocada por Mamede desde a década de 1980.
Helton lembra que o nome Summer Beer veio bem depois. “O apelido dele na família era Pretinho. Então quando a gente começou a frequentar, lá por 2015, o lugar era o bar do Pretinho, não tinha nome. O espaço era uma oficina e o bar funcionava ali mesmo, no meio dos carros”, conta.
Segundo o sobrinho, o ambiente foi crescendo junto com a clientela, de forma orgânica. “Ele nunca gastou um centavo com publicidade. O bar sempre cresceu sozinho, no boca a boca do povo”, destaca Helton. A transformação do espaço aconteceu naturalmente, à medida que o movimento aumentava e o antigo mecânico via que o negócio boêmio estava dando certo.
Parte importante dessa história também é Rosana, esposa e parceira de Mamede. “Ela motivou ele a seguir com o bar. Ela organizava tudo, e ele tinha um hall enorme de clientes da oficina. Então uniu uma coisa com a outra, e o bar só cresceu. Hoje são três terrenos ali”, explica o sobrinho.
Mesmo com o sucesso, Mamede manteve o jeito simples e tranquilo. “Ele sempre foi um cara muito humilde, muito zen. Estava vivendo a melhor fase da vida dele. A própria Rosana falava que era a fase mais feliz dele”, conta Helton.
O sobrinho lamenta que o tio tenha partido justamente quando começava a colher o reconhecimento de anos de trabalho. “Ele curtiu esse momento de estar sendo requisitado, mas não colheu todos os frutos. É isso que mais dói”, comenta.
O velório acontece das 8h às 16h no Cemitério Memorial Park Monte das Oliveiras, na Avenida Guaicurus, 700, onde também será realizado o sepultamento, às 16h.
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