Lançar Felipe Curi, que comandou a operação mais letal da história do Rio, como candidato ao governo é um tiro no escuro

por Assessoria de Imprensa


O jornalista Octavio Guedes, da GloboNews, revelou em seu blog que o PL de Bolsonaro e Cláudio Castro vai encomendar uma pesquisa com o nome do secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, que está à frente da operação mais letal da história fluminense, como opção de candidato, em oposição a Eduardo Paes, ao governo do Rio, no ano que vem.

Mesmo com o senador Flávio Bolsonaro negando, depois, a intenção de, em princípio, lançar Felipe Curi (“não quero misturar as coisas”), o nome do delegado passou a ser incensado pelos bolsonaristas nas redes sociais.

Seja como for, não é nova a ideia de tentar colocar no Palácio Guanabara um “governador faroeste” para combater o crime organizado — que tanto infelicita a população fluminense. Foi o que ocorreu com a surpreendente eleição para o governo do Rio do ex-juiz Wilson Witzel, em 2018, que venceu o próprio Paes.

Witzel foi eleito dizendo que ia abater criminosos “atirando na cabecinha”. No início do governo, diante de algumas críticas à série de operações policiais nas favelas, com muitas mortes, ele, em entrevista à TV Globo, avisou que não ia recuar da política de segurança “que vai resgatar o Rio das mãos dos narcoterroristas e devolver os territórios do Estado à população”.

O resultado todo mundo sabe: Wilson Witzel foi cassado, com pouco mais de dois anos de governo, acusado de ladroagem — enquanto o quadro de insegurança no Estado continuava o mesmo.

Se a candidatura de Curi, ou de outro “mete-chumbo”, vingar, estaremos, talvez, diante do que o velho Karl Marx dizia: “A história se repete, primeiro como tragédia e depois como farsa.”



Source link

Related Posts

Deixe um Comentário