A região Sudeste do Brasil deve receber um grande volume de chuvas nesta quinta-feira. O fenômeno, segundo a meteorologista Andrea Ramos, será resultado da formação de um canal de umidade, vindo da Amazônia (que também deve sofrer com as chuvas), e de uma frente fria que vem do oceano. A junção desses fenômenos pode, inclusive, resultar na formação de uma Zona de convergência do Atlântico Sul, muito comuns na primavera.
“É necessário ter atenção. Entre hoje [quarta] e amanhã [esta quinta], vai haver uma umidade vinda da Amazônia e uma frente fria vinda do oceano, o que contribui para instabilidades desde o oeste do Amazonas, passando por Mato Grosso, seguindo por Goiás e Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com um acumulado significativo de chuva”, alerta a meteorologista.
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de “perigo de tempestade”: um entre os estados do Rio e de São Paulo e o sul de Minas e outro para a faixa entre os estado de Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará. Nestes locais, segundo o órgão, a estimativa é de que o volume de chuvas pode chegar a 100mm, além da ocorrência de ventos de até 100km/h.
Segundo Andrea, os temporais devem ser acompanhados de trovoadas e de rajadas de vento. Já a região Sul enfrenta a chegada de uma massa de ar, que traz frio, principalmente na região litorânea. No restante da região, os efeitos desta frente fria causam apenas nebulosidade na parte, mas com a tendência de temperaturas amenas ao longo do dia.
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Toda essa nebulosidade, porém, “poupou” o Nordeste do Brasil, que terá tempo aberto em praticamente todo a região. Essas condições, no entanto, geram um alerta para a baixa umidade relativa do ar na região, que pode chegar, em alguns pontos, a apenas 25%. O Inmet também emitiu um alerta sobre esta condição para uma faixa que se estende desde o norte de Goiás, passando pelo oeste da Bahia, cobrindo também Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
Na região Norte, parte do Acre, Rondônia, sudoeste do Pará e quase todo o estado do Amazonas devem enfrentar chuvas, principalmente no fim da tarde, resultado do processo de aquecimento ao longo da manhã, contribuindo para uma combinação de calor/umidade, que gera nuvens e tempestades associadas.

