O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto para a noite desta terça-feira, para discutir a crise da segurança pública no Rio, que já deixou mais de 60 mortos.
A iniciativa do encontro teria partido do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Devem participar, também os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social), além de representantes do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, está no Ceará e não deverá participar.
A decisão foi tomada em um encontro que ocorreu na sede do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço. Por volta das 15h, Alckmin recebeu Rui Costa e Sidônio Palmeira para a primeira reunião de cúpula do governo sobre a crise do Rio. A partir daí, Rui e Sidônio já entraram no modo gerenciamento de crise. Rui Costa desmarcou parte das reuniões da tarde e passaram a preparar o encontro da noite, com Alckmin, no Palácio do Planalto. Em paralelo, Alckmin foi sendo atualizado da crise enquanto cumpria outros compromissos já agendados.
Mais cedo, como o GLOBO noticiou, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), telefonou para Gleisi Hoffmann para discutir a crise. De acordo com relato de integrantes do governo, Castro tentou explicar que as suas declarações dadas mais cedo não tinham o objetivo de criticar o Palácio do Planalto. Castro cobrou “um trabalho de integração muito maior com as forças federais” e disse que pediu o apoio de blindados das Forças Armadas por três vezes, mas que os pedidos foram negados.
Castro também afirmou, porém, que não pediu o apoio da gestão federal para a operação desta quinta-feira. Na tarde desta terça-feira, o ministro Lewandowski declarou que o governo do Rio nem sequer informou o Ministério da Justiça sobre a operação e que ele soube do caso pela imprensa.

