Novembro Azul lembra do cuidado com a saúde masculina

por Assessoria de Imprensa


Embora a maioria dos homens tenha ciência da importância de cuidar da própria saúde, fatores como rotina estressante e dificuldade de acesso aos serviços médicos ainda impedem o cuidado regular com o corpo. Dados do Instituto Lado a Lado pela Vida mostram que 83% deles admitem precisar dar mais atenção a esse quesito, mas apenas 63% afirmam se preocupar de fato com o tema. Entre os entrevistados, 51% apontam o estresse como principal barreira e 32% citam a dificuldade de acesso aos serviços públicos e privados.

A pesquisa, feita com 815 entrevistados, revelou que 52% usam o Sistema Único de Saúde (SUS), 27% contam com planos privados e 21% recorrem a ambos. Mesmo com esses números, 46% dos homens só buscam atendimento médico quando sentem sintomas, percentual que chega a 58% entre usuários exclusivos da rede pública. Esse comportamento reforça a ausência de uma cultura preventiva e a visão da população masculina de que ir ao médico é necessário apenas em casos de urgência.

Segundo o Ministério da Saúde, os homens vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. A diferença é explicada, principalmente, por causas externas, como violência e acidentes, e por doenças crônicas, como as cardiovasculares. O movimento Novembro Azul foi criado para alertar sobre o câncer de próstata, passou a abordar também diabetes, hipertensão, obesidade e saúde mental, ampliando o debate sobre prevenção.

Entre os principais problemas relatados na pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estão o sedentarismo (26%), a pressão alta (24%) e a obesidade (12%). Para homens acima dos 60 anos, a hipertensão aparece como a condição mais comum, afetando 40% deles. Apesar disso, 35% afirmaram não possuir nenhum problema de saúde — um dado que, segundo especialistas, pode refletir desconhecimento ou falta de acompanhamento médico adequado.

Atenção para a saúde

O médico uro-oncologista João Marcos Ibrahim, do Hospital Brasília Águas Claras, Rede Américas, explica que “uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física são fundamentais para prevenir doenças da próstata e outros males. Dietas ricas em frutas, vegetais e peixes reduzem os riscos de inflamação e obesidade, enquanto o excesso de gorduras e ultraprocessados aumenta as chances de doenças crônicas”.

A resistência masculina em buscar atendimento é influenciada por fatores culturais e sociais. “A ideia de autossuficiência e o medo de parecer vulnerável ainda afastam os homens dos consultórios”, diz o médico.

Especialistas defendem a criação de estratégias que facilitem o acesso e incentivem a prevenção. Entre elas, estão a ampliação dos horários de atendimento, a oferta de exames no ambiente de trabalho e o uso de lembretes eletrônicos para consultas.

O Novembro Azul, portanto, é mais do que uma campanha sobre o câncer de próstata. É um convite para que os homens adotem hábitos saudáveis e mantenham uma rotina de autocuidado. Praticar atividades físicas, manter alimentação balanceada, não fumar, controlar o peso e cuidar da mente são atitudes essenciais para uma vida mais longa e com qualidade.

Com a aproximação do Novembro Azul, campanhas reforçam a importância de atenção contínua à saúde masculina. Para aprofundar a discussão, o CB Debate | Novembro Azul: a saúde do homem em foco será realizado no Correio Braziliense em 6 de novembro de 2025, a partir das 14h, reunindo especialistas, profissionais de saúde e público interessado em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.

* Estagiária sob a supervisão de Luana Patriolino

 


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