O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, nesta sexta-feira (24/10), que as intoxicações por metanol em bebidas alcoólicas não configuraram uma crise nacional, mas que foram casos principalmente concentrados no estado de São Paulo. Padilha, que também é médico, confirmou que os destilados podem ser consumidos normalmente, porém desde que os usuários tenham certeza da origem das bebidas.
“É lógico que a preocupação que as pessoas tinham de ser uma crise disseminada no país não se configurou”, disse o ministro em uma coletiva de imprensa sobre a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, em Brasília. O ministro da Saúde declarou ainda que a pasta vai continuar acompanhando as investigações até o fim, mas revelou ter parado de comprar antídotos, pois acredita que o país já possui estoque suficiente.
Padilha também comentou sobre os casos de intoxicação por metanol dos outros estados. De acordo com ele, Pernambuco teve intoxicações mais similares às já vistas, na história da epidemiologia. O Paraná, por sua vez, seguiu os modelos dos casos do estado com que faz divisa, São Paulo. Já os do Rio Grande do Sul, segundo ele, estão sendo investigados.
No último boletim, divulgado na quarta-feira (22) pelo Ministério da Saúde, constam 112 casos notificados. Destes, 53 foram confirmados laboratorialmente e 59 estão sob investigação. Dez óbitos foram confirmados e existem mais 11 mortes suspeitas. No estado de São Paulo são 43 casos confirmados e três óbitos; o Paraná teve seis casos e um óbito; e em Pernambuco foram três casos e duas mortes.
Padilha confirmou ainda que os destilados, maiores alvos das adulterações, podem ser consumidos normalmente, porém seguindo três recomendações. São elas:
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Se beber, não dirigir;
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Estar sempre hidratado e bem alimentado, pois a hidratação e alimentação auxiliam a amenizar os sintomas da intoxicação;
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Ter certeza da origem das bebidas.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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