A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deflagraram, nesta sexta-feira (24/10), a Operação Recon para desarticular um plano de atentado contra o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios da região oeste de São Paulo, Roberto Medina.
A ação cumpre 25 mandados de busca domiciliar nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1).
As investigações revelaram a existência de uma célula do crime organizado estruturada de forma compartimentada e disciplinada que realizava levantamentos detalhados da rotina de autoridades públicas e dos familiares, com a finalidade de planejar atentados contra esses alvos.
Os criminosos já haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários de autoridades. Segundo o Ministério Público, cada integrante do grupo desempenhava uma função específica, sem conhecer a totalidade do plano, o que dificultava a detecção da trama.
As buscas domiciliares realizadas nesta sexta devem resultar na coleta de diversos elementos de prova que subsidiarão as próximas fases da investigação, voltadas à identificação de outros participantes e ao mapeamento completo da cadeia de comando criminosa.
“A Operação Recon simboliza a efetividade da integração entre a Polícia Civil, a Polícia Penal, o Ministério Público e a Polícia Militar, reafirmando o comprometimento do Estado de São Paulo com a defesa da ordem pública, da legalidade e da integridade das instituições e de seus representantes. O êxito da operação demonstra, mais uma vez, que a união das forças de segurança e de persecução penal, fomentada pelo Estado de São Paulo, é a resposta mais eficaz contra a ousadia e a violência das organizações criminosas, que tentam, sem êxito, investir contra o Estado Democrático de Direito e seus agentes”, disse o Ministério Público.
O procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio de Oliveira e Costa expressou apoio ao promotor Lincoln Gakiya e ao coordenador de presídios da região oeste de São Paulo, Roberto Medina. “A população pode ficar tranquila. As instituições continuarão desempenhando o seu papel constitucional: defender a sociedade e combater os que vivem à margem da lei. Diferentemente do que possam suspeitar os autores do plano frustrado, esse acontecimento não intimidará nenhum dos valorosos membros do MPSP, que têm como marca a coragem e a altivez. Pelo contrário. Atuaremos com mais energia ainda. Como afirmei em outra ocasião, não recuaremos sequer um centímetro. Repito: sequer um centímetro”, disse.
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