Como a defesa de Bolsonaro recebeu o pedido de Fux para sair da turma que julga a trama golpista

por Assessoria de Imprensa


Advogados que integram a defesa de Jair Bolsonaro também foram surpreendidos com o pedido de mudança de turma do ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, mas avaliam que o movimento não trará repercussão para o caso do ex-presidente na trama golpista.

A leitura feita à coluna por Paulo Cunha Bueno, um dos defensores do capitão reformado, é que Fux “permanece vinculado aos processos” da tentativa de golpe que já começou a julgar.

O magistrado foi o único da Primeira Turma que votou pela absolvição do ex-presidente, ficando vencido por quatro a um. O voto de Fux foi considerado contraditório pelos seus colegas, por contrariar posições que ele próprio havia sustentado em centenas de julgamentos dos atos golpistas de 8 de janeiro. Além disso, a avaliação é que o voto de Fux abasteceu o discurso bolsonarista nos ataques ao STF e aos seus ministros.

Como informou a colunista Malu Gaspar, mesmo tendo pedido a transferência da Primeira para a Segunda Turma, Fux pretende participar dos julgamentos relacionados aos núcleos da trama golpista, inclusive da análise dos recursos de Bolsonaro contra a decisão que o condenou no mês passado a 27 anos de prisão.

A interlocutores, Fux tem dito que segue vinculado aos julgamentos de todos os núcleos da trama golpista, inclusive de recursos e revisões criminais. O precedente existe: há no STF casos em que ministros pediram vista e retornaram ao colegiado para votar em processos antigos.

Integrantes da Primeira Turma, no entanto, afirmam que existe dúvida se Fux poderá participar desses julgamentos, em especial, daqueles núcleos nos quais ele não terá votado.



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