Resultado de pesquisa resgata divisão social da eleição de 2022, diz CEO da Quaest

por Assessoria de Imprensa


A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (7), mostrou uma recuperação da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segmentos do eleitorado que foram cruciais para a sua vitória nas eleições de 2022: mulheres, nordestinos, católicos e beneficiários de programas sociais.

Além disso, o levantamento também mostrou uma recuperação da aprovação no Sudeste, região mais populosa do país, que concentra cerca de 43% do eleitorado nacional e reúne os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Em maio deste ano, Lula era reprovado por 64% dos eleitores do Sudeste, ante apenas 32% de aprovação de acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada à época.

Já no levantamento divulgado nesta quarta-feira, a diferença entre esses dois extremos caiu para 52% de desaprovação ante 44% de aprovação, uma distância de 8 pontos percentuais. Em maio, a diferença era de 32 pontos percentuais.

“O retrato que temos neste momento lembra muito a divisão social da eleição de 2022. É como se tivéssemos voltado para o lugar onde tudo começou”, disse ao blog o CEO da Quaest, o cientista político Felipe Nunes.

No Nordeste, que representa 28% do eleitorado nacional, a aprovação do governo Lula variou de 60% para 62% desde setembro. A desaprovação, que era de 35%, ficou em 36% agora.

O presidente da República também recuperou terreno entre os beneficiários do Bolsa Família de forma proporcional à evolução dos números na região Nordeste.

Das cerca de 19,6 milhões de famílias que recebem o benefício, 9 milhões (o equivalente a 46% dos contemplados pela iniciativa) moram no Nordeste.

A aprovação nesse público foi de 64% em setembro para 67% agora, e a desaprovação oscilou de 32% para 31%. Considerando-se um prazo maior, observa-se que desde maio a aprovação subiu de 51% para 67% neste último levantamento. Já a desaprovação fez o caminho contrário, caindo de 44% em maio para os 31% atuais.

Entre as mulheres, que são a maioria do eleitorado, Lula também conseguiu boas notícias, com a aprovação do governo (52%) superando a desaprovação (45%) pela primeira vez nos últimos cinco meses.

Em setembro, a aprovação e a desaprovação estavam no mesmo patamar – 48%.

Divisão entre católicos e evangélicos

No recorte religioso, a administração petista conseguiu recuperar a popularidade entre os católicos, passando de 51% de aprovação para 54% desde setembro, enquanto a desaprovação oscilou de 46% para 44%.

Os evangélicos, por outro lado, seguem sendo uma muralha de reprovação ao presidente da República, com 64% de desaprovação ante apenas 34% de aprovação – na Genial/Quaest de setembro, os percentuais eram de 61% e 35%, respectivamente.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula divulgou uma carta endereçada à população evangélica para afastar temores infundados de que fecharia igrejas ou que alteraria a legislação sobre aborto.

O levantamento foi feito a partir de 2.004 entrevistas presenciais e domiciliares com brasileiros a partir de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos

Os dados da pesquisa mostram que, apesar da recuperação da popularidade em segmentos do eleitorado que o elegeram em 2022, alguns desafios para Lula – como o apoio de evangélicos e de moradores da região Sul, mais refratária ao petista – seguem em seu caminho na luta pela reeleição.



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