Passeio em Corumbá une safári pantaneiro e roteiro de imersão histórica na fronteira do País
Um passeio que mistura natureza, história e aventura tem levado turistas e até sul-mato-grossenses a um dos marcos da fronteira brasileira, o Forte Coimbra, em Corumbá. A experiência foi criada pelo guia e ex-militar Rodrigo Mariano Polita, que serviu na região e transformou o vínculo pessoal com o local em roteiro turístico.
O ex-militar Rodrigo Mariano Polita transformou o Forte Coimbra, em Corumbá, em destino turístico que une história e natureza. O passeio, iniciado em novembro de 2023, percorre 120 quilômetros em veículos 4×4, atravessando paisagens do Pantanal e proporcionando encontros com a fauna local.Construído em 1775, o Forte Coimbra foi palco de duas guerras e teve papel crucial na ocupação do território brasileiro na fronteira oeste. O roteiro, que custa entre R$ 600 e R$ 900, inclui transporte, alimentação e guia, destacando também a participação indígena na história do local.
Segundo ele, o passeio começou a ser oferecido em novembro de 2023. “Eu já servi em Coimbra, fui subcomandante do Forte em 2020 e, desde aquela época, percebi o potencial histórico e cultural que o lugar tem”, conta. Antes disso, ele já havia atuado no Exército como oficial de comunicação social e trabalhava com gestão de patrimônio histórico-cultural.
O trajeto dura cerca de 12 horas e é feito em veículos 4×4. A saída acontece de Corumbá pela manhã, com retorno no fim do dia. Até chegar ao Forte, os visitantes percorrem 120 km que incluem trechos de asfalto, estradas de chão e trilhas por dentro de fazendas.
No caminho, a paisagem impressiona. Rodrigo conta que a região inlcui morrarias de minério, grandes planícies pantaneiras e contato direto com animais como jacarés, tuiuiús e todo tipo de pássaros e répteis.
“É como um safári pantaneiro. Por ser uma trilha pouco movimentada, dá pra ver os bichos de forma espontânea, com paradas para fotos ao longo do percurso”, explica.
Ao final do trajeto, surge o imponente Forte Coimbra, às margens do Rio Paraguai. Construído em 1775, o local foi fundamental para garantir a ocupação do território brasileiro na fronteira oeste e se destaca por ter sido cenário de dois episódios de guerra, em 1801 e durante a Guerra do Paraguai, em 1864.
Rodrigo destaca que visitar Coimbra é uma oportunidade única de conectar natureza e história. “Muita gente de Mato Grosso do Sul nem imagina a importância desse lugar. Poucas fortificações no Brasil passaram por duas guerras. E, além disso, foi a partir dali que se consolidou a presença portuguesa nessa região, garantindo que o território não ficasse sob domínio espanhol”, destaca.
O roteiro também valoriza a participação dos povos indígenas na construção e defesa do Forte, como a indígena Chamacoco, homenageada em monumento local por ter alertado os portugueses sobre a chegada de tropas inimigas no início do século 19.
O passeio é oferecido em grupos de até sete pessoas, com valores que variam entre R$ 600 e R$ 900, dependendo do número de participantes. O pacote inclui transporte, guia, alimentação, água e fotografias.
“O visitante conhece o Pantanal de verdade e, ao mesmo tempo, entende a força histórica de um dos patrimônios mais importantes do Brasil”, resume Rodrigo.
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