primeira vez na história definida com ‘photo finish’

por Leandro Ramos


Alphonce Felix Simbu conquistou o ouro na primeira chegada com “photo finish” para determinar o vencedor da maratona em um Campeonato Mundial. A prova aconteceu nesta segunda-feira, no Japão.

Simbu superou o alemão Amanal Petros em uma corrida emocionante até a linha de chegada, dentro do Estádio Nacional de Tóquio, dando à Tanzânia seu primeiro título mundial.

Esse foi o primeiro título mundial de Simbu, que conquistou o bronze na maratona no Mundial de Londres, em 2017, e terminou em segundo na maratona de Boston, em abril. Em Jogos Olímpicos, ele terminou em quinto na Rio-2016, sétimo em Tóquio-2020 e 17.º em Paris-2024.

A foto da chegada mostrou que a corrida de 42,195 km foi decidida por três centésimos de segundo, com Simbu ultrapassando Petros na linha de chegada.

Esta decisão foi mais apertada do que a disputa dos 100m masculino, cuja diferença foi de 0,05 segundo entre os medalhistas de ouro e prata.

Simbu e Petros receberam o mesmo tempo de 2h09min48, com o alemão levando a prata. O italiano Iliass Aouani ficou com o bronze com 2h09min53.

Esta chegada foi mais disputada do que a do Mundial de 2001, em Edmonton, no Canadá, quando o etíope Gezahegne Abera superou o queniano Simon Biwott por apenas um segundo. E também quando o sul-africano Josia Thugwane venceu a maratona olímpica masculina mais apertada da história, com três segundos de vantagem sobre o sul-coreano Lee Bong-ju, nos Jogos de Atlanta, de 1996.

O melhor tempo de maratona de Simbu é 2h04min38, feito em 1.º de dezembro de 2024, em Valência (ESP). Atualmente, ele é 70.º no ranking da maratona (todos os tempos/por atleta ou 136.º de todos os tempos/por marca) e também o 16.º na temporada de 2025. 

O recordista da maratona de todos os tempos é o queniano Kelvin Kiptum, com 2h00min35, de outubro de 2023, na Maratona de Chicago. Kiptum faleceu aos 24 anos em um acidente de carro no Quênia, em fevereiro de 2024, junto com seu técnico, o ruandês Garvais Hakizaman. Ele, que também tem o terceiro melhor tempo da história (2h01min25), foi nomeado Atleta do Ano pela World Athletics, em 2023. 

A maratona começou na capital japonesa com um incidente mais comum em corridas de velocidade do que em provas de resistência, quando Vincent Kipkemoi Ngetich, do Quênia, queimou a largada, forçando um reinício.

Mais surpresas se seguiram quando dois dos corredores mais rápidos da prova, os etíopes Tadese Takele e Deresa Geleta, que conquistaram ouro e prata na maratona da cidade de Tóquio, em março, abandonaram a menos de 10 km para o fim.

— Quando entramos no estádio, eu não tinha certeza se venceria— disse Simbu, de 33 anos. — Eu não sabia se tinha vencido. Mas quando vi os telões e eu no topo dos resultados, me senti aliviado.



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