Defesas veem Fux “acuado” após seu voto para absolver Bolsonaro

por Leandro Ramos


As defesas observam, no entanto, um esforço de Fux para “não passar recibo”, apesar do claro isolamento em relação aos demais ministros do colegiado. A presença do decano da Corte, Gilmar Mendes, na sessão foi considerada mais um elemento de pressão sobre o ministro, já que ambos não mantêm uma relação de proximidade ou harmonia. Além disso, Gilmar tem sido um dos principais críticos aos ataques contra o STF e e o relator da trama golpista, Alexandre de Moraes.

Na noite de quarta-feira (10), após o voto de Fux, seus colegas já previam um clima difícil para o ministro entre seus pares, como informou esta coluna. O isolamento ficou evidente desde que a ministra Cármen Lúcia iniciou seu voto, repleto de recados ao colega e com uma defesa clara da democracia brasileira.

Além da perplexidade com o fato de Fux ter negado situações que ele próprio vivenciou — como os ataques de Bolsonaro ao STF —, causou mal-estar entre os colegas a mudança de postura do magistrado, que anteriormente havia votado pela condenação em mais de 400 processos relacionados aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.



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