400 Crianças com Fissura Labiopalatina

por Assessoria de Imprensa


Mais de 50 cirurgias de correção foram realizadas este ano como parte da ampliação do serviço

Festa festeja sorriso de 400 crianças que nasceram com má-formação nos lábios
Envolvidos na ampliação desse atendimento e familiares no Buffet Floresta Kids (Foto: Malú Pessota)

Na manhã desta segunda-feira (15), os 400 atendimentos a crianças com fissura labiopalatina foram comemorados durante a “Festa em Prol do Sorriso”. O evento reuniu famílias, profissionais de saúde, gestores públicos e parceiros empenhados na ampliação desse tipo de atendimento no Estado.

A “Festa em prol do Sorriso” celebrou mais de 400 atendimentos a crianças com fissura labiopalatina em Mato Grosso do Sul. O evento reuniu famílias, profissionais de saúde e gestores públicos para comemorar os avanços no tratamento dessa má-formação congênita que afeta lábio e palato. Entre junho de 2024 e dezembro de 2025, foram realizadas 118 cirurgias e 278 procedimentos complementares no estado. Campo Grande concentra todos os atendimentos cirúrgicos, com destaque para a alta incidência entre povos indígenas devido a casamentos consanguíneos. A iniciativa conta com apoio da Funcraf, Maternidade Cândido Mariano e secretarias de saúde.

A fissura labiopalatina é uma má-formação congênita que atinge o lábio e/ou o palato, podendo causar dificuldades de alimentação, respiração e fala, além de afetar a audição e a estrutura dentária.

O tratamento exige acompanhamento contínuo e atuação interdisciplinar. Entre junho de 2024 e dezembro de 2025, foram realizadas 118 cirurgias e 278 procedimentos complementares, totalizando mais de 400 atendimentos. Em 2025, já foram feitas 52 cirurgias de correção da fissura labiopalatina.

Em agosto deste ano, Davi, de 9 meses, realizou a cirurgia na parte do lábio e nariz e está se preparando para fazer a parte do palato a partir de março. “Desde o início, nós sempre fomos muito bem acolhidos pela Funcraf (Fundação para Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais), uma verdadeira família, que nos trouxe segurança e tirou muitos medos que nós tínhamos”, conta o pai da criança, Carlos Eduardo de Freitas e Silva, de 33 anos.

Carlos Eduardo conta que descobriram a má-formação congênita no ultrassom morfológico no segundo trimestre da gravidez. “Esse momento foi de muito medo, muita insegurança mesmo. Mas, a partir do momento em que a gente descobre e vai buscar informação, fica mais fácil. Ele tem uma vida normal, ele vai ser uma criança como as outras, só que ele vai corrigir a questão facial”, desabafa.

O evento foi realizado pela Funcraf (Fundação para Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais), Maternidade Cândido Mariano, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, com apoio do mandato do deputado federal Geraldo Resende (PSDB).

O deputado federal Geraldo Resende explica que, quando foram realizar o levantamento das crianças que poderiam fazer intervenção cirúrgica, a quantidade era divergente dos números da Secretaria de Saúde do Município e do Estado. “Nós fomos atrás, conseguimos fazer essas parcerias e conseguimos fazer 118 crianças operadas e 278 procedimentos, porque às vezes tem procedimentos múltiplos nas crianças”.

O cirurgião da equipe de fissuras labiopalatinas, Bruno Ayub, enfatiza a importância de iniciar o tratamento logo após o nascimento, idealmente ainda na gestação. “Quando realizamos essas cirurgias em mutirão, acaba que atrasamos o processo. O problema não é só técnico, prejudica também a inserção social dessa criança”.

Festa festeja sorriso de 400 crianças que nasceram com má-formação nos lábios
Bruno Ayub, cirurgião da equipe de fissuras labiopalatinas (Foto: Raíssa Rojas)

Campo Grande absorve toda a demanda de cirurgia para correção de fissura labiopalatina do Estado. “O maior número que tem é de povos originários indígenas, por conta dos casamentos consanguíneos. Não necessariamente que eles saibam, mas, por ter essa compatibilidade genética, acaba desenvolvendo a fissura ou outras má-formações congênitas com mais frequência”, expõe.

Caso mais complexo

O SUS não realiza a parte da cirurgia bucomaxilofacial, da área odontológica, pois não é um procedimento rotineiro e não possível expandir a equipe para isso, de acordo com o cirurgião da equipe de fissuras labiopalatinas, Bruno Ayub.

O caso de Isis, de 3 anos, é um dos mais complexos e conta com auxílio da Funcraf (Fundação para Estudo e Tratamento das Deformidades Crânio-Faciais) e apoio do deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) para a realização da cirurgia em São Paulo, que está marcada para 13 de janeiro.

“A mãe dela a rejeitou, e eu cuido dela desde o primeiro mês. Acho o atendimento da Funcraf muito bom, porque ela já vai operar em janeiro e está bem melhor”, conta sua avó, Bernarda Duartes, de 57 anos, moradora da Aldeia Amambai.

Festa festeja sorriso de 400 crianças que nasceram com má-formação nos lábios
Isis e sua avó, Bernarda Duartes, na “Festa em prol do sorriso” (Foto: Raíssa Rojas)

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