13 liberados e 47 estão na fila

por Assessoria de Imprensa


Um prédio com mais de 51 mil m² de área construída, distribuídos por oito pavimentos, além do térreo e de três subsolos na Cidade Nova, onde antes funcionou a Universidade Corporativa da Petrobras, está sendo preparado para se transformar numa unidade de alta complexidade da operadora de planos de saúde Hapvida, com direito a ala premium, hotelaria de primeira e 250 leitos de internação. A nova unidade, perto da qual já há um polo avançado da mesma rede, integra um plano de expansão do grupo, que prevê investir no Estado do Rio R$ 380 milhões, do total de R$ 2 bilhões em todo o país nos próximos dois anos. Por aqui, o grupo se prepara para abrir mais três unidades de pronto atendimento e duas clínicas.

A Hapvida, considerada a maior operadora de saúde da América Latina, com uma receita líquida de R$ 7,8 bilhões no terceiro trimestre de 2025, não é a única empresa privada do ramo de olho no público fluminense — são mais de 5,6 milhões de usuários de plano de assistência médica, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Na capital, a Vigilância Sanitária municipal concedeu, nos últimos dois anos, 11 licenças para funcionamento de novas unidades de saúde, sendo quatro em 2025. A Vigilância Sanitária estadual, responsável pelo licenciamento em 90 municípios (exceto Rio e Macaé), recebeu 21 pedidos de licenças em 2024, sendo apenas um deferido. Outros 20 estão em análise. Em 2025, o número subiu para 28, e também apenas uma autorização foi concedida, enquanto as demais aguardam aprovação.

Já o Ministério da Saúde aprovou, no ano passado, 31 pedidos de inclusão no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) para novos hospitais privados na cidade. O número este ano chegou a cem. Mas isso não significa que todos são para novas unidades. O ministério explicou que um mesmo hospital pode apresentar mais de um pedido de cadastro, conforme os serviços que pretende ofertar. O mesmo se aplica em caso de ampliação, com inclusão de uma nova especialidade. O Cnes é o sistema que registra e acompanha a capacidade assistencial dos serviços de saúde no país.

A maioria dos novos pedidos recebidos pelo ministério é para estabelecimentos na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste. Um deles foi concedido ao Barra D’Or II, nova unidade da rede carioca, inaugurada no começo do ano, com 250 leitos, e a maior entre os solicitantes.

— A Rede D’Or, há muitos anos, tem um plano de crescimento consistente e robusto. E, entre as diversas localidades onde nós atuamos, continuamos fortalecendo nossa presença no Rio de Janeiro — afirma Roberto Albanese, vice-presidente de Operações da rede.

Além da nova unidade de alta complexidade numa área de 44 mil m² na Avenida Nelson Mufarrej Filho, a rede construiu um novo hospital em Macaé, no Norte Fluminense, com mais de 20 mil m² de área e capacidade para 140 leitos, podendo ser ampliado para 200.

A rede também está promovendo expansões nas unidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, e da Glória, na Zona Sul carioca, que somam mais de 700 novos leitos, sendo 400 já entregues. O restante fica pronto até o fim do ano, representando mais de 100 mil m² de área construída e investimento superior a R$ 1 bilhão.

Prédios onde a sede da IBM funcionou vão ser ocupados pelo hospital da Prevent Senior — Foto: Márcia Foletto
Prédios onde a sede da IBM funcionou vão ser ocupados pelo hospital da Prevent Senior — Foto: Márcia Foletto

Albanese diz que o fechamento de unidades de saúde pequenas abriu espaço para a consolidação dos grandes grupos, que investem em hospitais maiores. Já a Rede Casa, que prefere apostar em unidades com uma média de cem a 120 leitos, surgiu no Rio há 16 anos, absorvendo justamente unidades que estavam em dificuldade. Para isso, lançou mão de uma equipe própria de engenheiros e arquitetos para fazer as reformas e adaptações.

— Acreditamos em hospitais de médio porte, que consigam resolver a maioria das situações e outras especializadas para casos específicos, conforme a necessidade geográfica — argumenta a CEO Julia Heringer.

A rede carioca, que reúne dez hospitais nas diversas regiões da cidade, sete laboratórios próprios e oito clínicas especializadas em exames de imagem, acaba de investir na transformação da unidade da Rua do Bispo, no Rio Comprido, em Rede Casa Premium, com atendimento de alta complexidade na área oncológica. Agora planeja implantar duas novas unidades no ano que vem. Porém, Heringer — que é médica e assumiu há cinco anos com os irmãos o controle da empresa fundada pelo pai — prefere não dar detalhes, por enquanto.

Já a nova unidade da Hapvida, na Cidade Nova, se enquadra no perfil dos grandes hospitais. A inauguração está prevista para o segundo semestre de 2026. A unidade, que está dimensionada para receber ao menos dois mil pacientes por dia, conta com localização privilegiada.

— É uma região bem central e, por ser próxima à prefeitura, obviamente traz uma sensação de segurança um pouco maior. Mas eu acho que o principal ponto é a gente estar em um local de fácil acesso para o nosso cliente — justificou André Melo, vice-presidente de Infraestrutura da Hapvida.

O empreendimento ocupará um brownfield, ou seja, uma estrutura existente e atualmente subutilizada. O novo hospital atenderá beneficiários da Hapvida e de outras operadoras. Na mesma região, perto da prefeitura, a empresa já tem uma unidade avançada moderna, com 4.362 m², 14 leitos operacionais e oito consultórios, oferecendo pronto atendimento 24 horas e suporte clínico e diagnóstico.

Unidade da Hapvida, na Cidade Nova, ocupa antigo prédio corporativo — Foto: Divulgação
Unidade da Hapvida, na Cidade Nova, ocupa antigo prédio corporativo — Foto: Divulgação

Segundo o vice-presidente de Infraestrutura, a empresa tem alvará e todas as licenças da prefeitura. Obras de adequação do prédio já começaram, com previsão de conclusão no último trimestre do ano que vem. Neste momento, segundo André Melo, está sendo feita a desmobilização da estrutura antiga, como a retirada de forro e piso.

Além do hospital da Cidade Nova, a empresa de saúde entregará três novas unidades de pronto atendimento — na Barra da Tijuca (onde era o antigo Parque Terra Encantada), na Penha e em Botafogo —, todas com ambulatórios e diagnóstico por imagem. Em Botafogo, o projeto também contempla um Centro Clínico Avançado e pronto-socorro. Na Baixada Fluminense, será inaugurada uma nova clínica em Nova Iguaçu.

Outra grande unidade hospitalar que a cidade vai ganhar é a da Prevent Senior, que ocupará dois imóveis que serviam de sede para a IBM, na Avenida Pasteur, em Botafogo. O mesmo bairro recebeu no ano passado um hospital pediátrico de referência da Amil, no complexo que abriga o Pró-Cardíaco, e uma segunda unidade da MedSênior, que também está presente na Barra da Tijuca e em Niterói.

O sinal verde para a instalação do Prevent Senior foi dado em meados de outubro, com a sanção do projeto de lei permitindo abertura de novas unidades de saúde com internação em Botafogo e Humaitá. Livre do empecilho, a rede deu início à elaboração do projeto de implantação do seu novo hospital, sem citar prazos.

Durante a tramitação do projeto na Câmara Municipal, moradores de Botafogo manifestaram preocupação com o possível impacto da nova unidade no trânsito local. A CET-Rio informou que, por não ter atendimento de emergência, o hospital não deve afetar tanto o trânsito.



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